sábado, 16 de março de 2013

Metal Gear Rising: Revengeance - Game-Review



Spin-off de MG traz Raiden como protagonista, muita ação e trilha sonora marcante.

 

Dudu:

 

Produzido pela Platinum games e distribuído pela Konami, MGRR chega trazendo Raiden como protagonista, e um história que ocorre quatro anos após Guns of the Patriots. A apresentação do enredo começa com Raiden ajudando uma nação em crise após uma conturbada guerra civil. Ele faz parte de uma segurança militar privada, e treina um grupo local de soldados para manter a paz na região. O problema é que a guerra civil não chega nem perto dos problemas que o herói terá pela frente. Raiden descobre um grupo terrorista proclamado Desperados Enterprises, que ameaça a segurança mundial, e seus membros principais são poderosos cyborgs com armas de alta tecnologia, Metal Gears e soldados experimentais destinados a cumprirem ordens. 
O game segue a tradição das cenas em tempo real, alavancadas por belíssimos gráficos e efeitos visuais. A modelagem e o detalhamento do corpo cibernético de Raiden é um colírio para os nossos olhos, deixando claro o potencial da atual geração de consoles. A trilha sonora faz um papel magnífico, e que eu diria ser um dos melhores dos últimos tempos em um game de ação. Faixas  como "A Stranger I Remain", da batalha contra Mistral e "Locked n' Loaded", da luta contra Metal Gear Ray, ficam tocando na cabeça do jogador mesmo após terminar a curtíssima campanha principal. Isso mesmo, ela é extremamente curta, não passando de 5 a 6 horas, porém, a sensação que se tem é que foi mais do que suficiente, não deixando a repetição prevalecer.

O jogador pode realizar golpes com a espada principal usando o botão quadrado, e após uma parte do game, o botão triângulo fica destinado ao uso das armas secundárias que Raiden ganha após derrotar os chefes do game. O herói corre, pula, defende e usa Reaction Commands em praticamente todas as execuções contra diversos inimigos. O maior destaque na jogabilidade, é a possibilidade de usar o Blade Mode, uma técnica que Raiden usa para executar seus alvos e fatiá-los brutalmente, isso claro, de acordo com os comandos do jogador. Ao fazê-lo, o protagonista pode acertar um ponto específico dos inimigos e pegar uma carga de energia na qual reabastece a própria.

Os chefes do game são um ponto altíssimo a se comentar. São batalhas épicas e memoráveis. Como eu disse antes, a trilha sonora embala todas elas, e a emoção durante a luta cresce, fazendo os jogadores Hardcore irem ao delírio, e os casuais sofrerem para passar devido a dificuldade um pouco elevada.

Mesmo sendo um MG, nem tudo são flores, afinal, games perfeitos são quase inexistentes hoje em dia. Vamos ir direto ao ponto: a câmera. Bem, não é muito agradável você tentar focar um inimigo e de repente a câmera não consegue acompanhar os movimentos rápidos, e quando você percebe, o chefe já está nas costas de Raiden batendo a vontade. Como o game é frenético, ela ficou mal adaptada e quase (eu disse quase) jogou tudo pelo ralo. Outros detalhes negativos, são os cenários que ficaram meio repetitivos e pouco inspirados, como o capítulo dos esgotos por exemplo, no qual só se vê um tipo de cenário quase a fase inteira; e o sistema de Upgrades das armas que são praticamente inúteis, não fazendo falta nenhuma durante todo o game.

Para quem procura games com muita ação, MGRR é uma ótima opção atual no mercado de jogos. Talvez não agrade os fãs mais fiéis da série, afinal, foge completamente do estilo, mas eu recomendo. São apenas 5 horas de jogo, não deixe o preconceito pela mudança afastá-lo da série mais cinematográfica da história dos video games.


Alexandre:

  Como o Dudu já disse, o spin-off MGRR é um game desenvolvido pela Platinum. Sabe-se então que o que o aguarda é a mais pura ação, exagerada e insana, diferente dos games da série principal, em que o jogador é encorajado a passar sem ser percebido e a não matar ninguém. E eu, como fã de Metal Gear e de hack n’ slash e beat n’ ups da vida, não poderia deixar de conferir.

  E de fato, acabei gostando bastante do game. A ação é interessante, existe uma variação de combos graças as armas secundárias (embora provavelmente você só vá usar uma delas o game inteiro), e o Blade Mode mantém o game interessante por bastante tempo, possibilitando movimentos insanos de Raiden para pegar as células de energia dos inimigos. As batalhas contra chefes realmente são muito bem feitas, assim como suas respectivas trilhas sonoras, com destaque para o ÉPICO chefe final.

 Graficamente o game apresenta ótimos modelos, principalmente de Raiden, mas os cenários são bem vazios e sem vida. Fato que é compensado com a possibilidade de cortar praticamente qualquer objeto. E tudo isso, pelo menos comigo (não sei se foi sorte, ou se eu não picotei nada o suficiente), rodou perfeitamente sem nenhuma queda de frames significativa em nenhum momento.

  Concordo com o Dudu na questão da câmera, e o conselho que dou é SEMPRE usar o Lock-on. Diminui bastante a dor de cabeça, embora não a elimine. Também concordo que apesar de parecer curto, o game dura o suficiente para não se tornar enjoativo, além de que, se quiser expandir o tempo de jogo, pode-se mudar aumentar o nível de dificuldade e jogar novamente.

  Depois de jogar e terminar o game, a impressão que ficou é de que se trata de um game um tanto desconexo. Nota-se que existem várias boas idéias no enredo, mas são apenas jogadas a esmo durante o game. Na batalha final, por exemplo, não sabia se queria que Raiden ganhasse, pois apesar de discordar dos métodos, concordava com os fins do vilão, e você é obrigado a lutar em nome de uma interpretação um tanto “mente-fechada” de Raiden, que parece nem mesmo se questionar com o que foi dito. Eu entendo que atrocidades foram cometidas e que eu deveria parar o responsável por elas, mas mesmo assim o game poderia muito bem deixar um questionamento mais aberto ao final. E essa é a sensação durante quase todo o game, onde outras discussões são abertas e esquecidas em seguida, como a parte em que o Sam fala para Raiden sobre as inúmeras pessoas que ele matou para chegar até ali. Entendo também que este foi um game que a Platinum pegou das mãos da Kojima Productions pela metade para terminar, e isso explica algumas coisas meio bagunçadas. 

    Mesmo assim, é um game muito bom, que merece ser jogado pelo público em geral e também pelo fã de Metal Gear. Mas é impossível deixar de se pensar no enorme potencial de uma continuação totalmente feita pela Platinum.

OBS. Acho que faltaram umas participações especiais de outros personagens da série principal, mas a (única que eu lembro) personagem que aparece, Sunny de Metal Gear Solid 4, um pouco mais velha e ainda genial, me deixou muito feliz.





Veredicto:

DUDU: Gráficos: 9,5    Som: 10    Jogabilidade: 6,0     Replay: 7,0    NOTA: 7,5

ALEX: Gráficos: 8,0     Som: 9,0   Jogabilidade: 8,0     Replay: 6,0    NOTA: 7,5


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