Spin-off de MG traz Raiden como protagonista,
muita ação e trilha sonora marcante.
Dudu:
Produzido pela Platinum games e
distribuído pela Konami, MGRR chega trazendo Raiden como protagonista, e um história
que ocorre quatro anos após Guns of the Patriots. A apresentação do enredo
começa com Raiden ajudando uma nação em crise após uma conturbada guerra civil.
Ele faz parte de uma segurança militar privada, e treina um grupo local de
soldados para manter a paz na região. O problema é que a guerra civil não chega
nem perto dos problemas que o herói terá pela frente. Raiden descobre um grupo
terrorista proclamado Desperados Enterprises, que ameaça a segurança mundial, e
seus membros principais são poderosos cyborgs com armas de alta tecnologia,
Metal Gears e soldados experimentais destinados a cumprirem ordens.
O game segue a tradição das cenas
em tempo real, alavancadas por belíssimos gráficos e efeitos visuais. A
modelagem e o detalhamento do corpo cibernético de Raiden é um colírio para os
nossos olhos, deixando claro o potencial da atual geração de consoles. A trilha
sonora faz um papel magnífico, e que eu diria ser um dos melhores dos últimos tempos
em um game de ação. Faixas como "A Stranger I Remain", da
batalha contra Mistral e
"Locked n' Loaded", da luta contra Metal Gear Ray, ficam tocando na
cabeça do jogador mesmo após terminar a curtíssima campanha principal. Isso
mesmo, ela é extremamente curta, não passando de 5 a 6 horas, porém, a sensação
que se tem é que foi mais do que suficiente, não deixando a repetição
prevalecer.
O jogador pode realizar golpes com a espada principal usando
o botão quadrado, e após uma parte do game, o botão triângulo fica destinado ao
uso das armas secundárias que Raiden ganha após derrotar os chefes do game. O
herói corre, pula, defende e usa Reaction Commands em praticamente todas as
execuções contra diversos inimigos. O maior destaque na jogabilidade, é a
possibilidade de usar o Blade Mode, uma técnica que Raiden usa para executar
seus alvos e fatiá-los brutalmente, isso claro, de acordo com os comandos do
jogador. Ao fazê-lo, o protagonista pode acertar um ponto específico dos
inimigos e pegar uma carga de energia na qual reabastece a própria.
Os chefes do game são um ponto altíssimo a se comentar.
São batalhas épicas e memoráveis. Como eu disse antes, a trilha sonora embala
todas elas, e a emoção durante a luta cresce, fazendo os jogadores Hardcore
irem ao delírio, e os casuais sofrerem para passar devido a dificuldade um
pouco elevada.
Mesmo sendo um MG, nem tudo são flores, afinal, games
perfeitos são quase inexistentes hoje em dia. Vamos ir direto ao ponto: a
câmera. Bem, não é muito agradável você tentar focar um inimigo e de repente a
câmera não consegue acompanhar os movimentos rápidos, e quando você percebe, o
chefe já está nas costas de Raiden batendo a vontade. Como o game é frenético,
ela ficou mal adaptada e quase (eu disse quase) jogou tudo pelo ralo. Outros
detalhes negativos, são os cenários que ficaram meio repetitivos e pouco
inspirados, como o capítulo dos esgotos por exemplo, no qual só se vê um tipo de
cenário quase a fase inteira; e o sistema de Upgrades das armas que são
praticamente inúteis, não fazendo falta nenhuma durante todo o game.
Para quem procura games com muita ação, MGRR é uma ótima
opção atual no mercado de jogos. Talvez não agrade os fãs mais fiéis da série,
afinal, foge completamente do estilo, mas eu recomendo. São apenas 5 horas de
jogo, não deixe o preconceito pela mudança afastá-lo da série mais
cinematográfica da história dos video games.
Alexandre:
Como o Dudu já
disse, o spin-off MGRR é um game desenvolvido pela Platinum. Sabe-se então que
o que o aguarda é a mais pura ação, exagerada e insana, diferente dos games da
série principal, em que o jogador é encorajado a passar sem ser percebido e a
não matar ninguém. E eu, como fã de Metal Gear e de hack n’ slash e beat n’ ups
da vida, não poderia deixar de conferir.
E de fato, acabei
gostando bastante do game. A ação é interessante, existe uma variação de combos
graças as armas secundárias (embora provavelmente você só vá usar uma delas o
game inteiro), e o Blade Mode mantém o game interessante por bastante tempo,
possibilitando movimentos insanos de Raiden para pegar as células de energia
dos inimigos. As batalhas contra chefes realmente são muito bem feitas, assim
como suas respectivas trilhas sonoras, com destaque para o ÉPICO chefe final.
Graficamente o game
apresenta ótimos modelos, principalmente de Raiden, mas os cenários são bem
vazios e sem vida. Fato que é compensado com a possibilidade de cortar
praticamente qualquer objeto. E tudo isso, pelo menos comigo (não sei se foi
sorte, ou se eu não picotei nada o suficiente), rodou perfeitamente sem nenhuma
queda de frames significativa em nenhum momento.
Concordo com o Dudu
na questão da câmera, e o conselho que dou é SEMPRE usar o Lock-on. Diminui
bastante a dor de cabeça, embora não a elimine. Também concordo que apesar de
parecer curto, o game dura o suficiente para não se tornar enjoativo, além de
que, se quiser expandir o tempo de jogo, pode-se mudar aumentar o nível de
dificuldade e jogar novamente.
Depois de jogar e
terminar o game, a impressão que ficou é de que se trata de um game um tanto
desconexo. Nota-se que existem várias boas idéias no enredo, mas são apenas
jogadas a esmo durante o game. Na batalha final, por exemplo, não sabia se
queria que Raiden ganhasse, pois apesar de discordar dos métodos, concordava
com os fins do vilão, e você é obrigado a lutar em nome de uma interpretação um
tanto “mente-fechada” de Raiden, que parece nem mesmo se questionar com o que foi
dito. Eu entendo que atrocidades foram cometidas e que eu deveria parar o
responsável por elas, mas mesmo assim o game poderia muito bem deixar um
questionamento mais aberto ao final. E essa é a sensação durante quase todo o game,
onde outras discussões são abertas e esquecidas em seguida, como a parte em que
o Sam fala para Raiden sobre as inúmeras pessoas que ele matou para chegar até
ali. Entendo também que este foi um game que a Platinum pegou das mãos da
Kojima Productions pela metade para terminar, e isso explica algumas coisas
meio bagunçadas.
Mesmo assim, é um
game muito bom, que merece ser jogado pelo público em geral e também pelo fã de
Metal Gear. Mas é impossível deixar de se pensar no enorme potencial de uma
continuação totalmente feita pela Platinum.
OBS. Acho que faltaram umas participações especiais de
outros personagens da série principal, mas a (única que eu lembro) personagem que aparece, Sunny de
Metal Gear Solid 4, um pouco mais velha e ainda genial, me deixou muito feliz.
Veredicto:
DUDU: Gráficos: 9,5 Som: 10 Jogabilidade: 6,0 Replay: 7,0 NOTA: 7,5
ALEX: Gráficos: 8,0 Som: 9,0 Jogabilidade: 8,0 Replay:
6,0 NOTA: 7,5
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